Ela preparava uma muda de maracujazeiro: cortou as duas pontas de uma forte haste, de aproximadamente cinquenta centímetros. Retirava as folhas (com exceção
daquelas que ficam...
na ponta), quando foi interrompida:
na ponta), quando foi interrompida:
- Não é assim que se planta maracujá.
- Vou tentar. Quem sabe?
- Não adianta. Só dá de semente.
- Não custa nada. A muda já está aqui.
- Maracujá não vinga. Só se plantar da semente.
O caseiro insistiu. Tanto fez que, a certa altura, recebe:
- A terra é minha, a muda é minha, a planta é minha, o tempo é meu. Se
pegar, pegou. Se não pegar, não tem problema. Vou plantar assim mesmo.
A última palavra seria a dele:
- Eu avisei.
Após alguns poucos meses teria início a primeira de tantas safras de um
pé gigantesco, plantado onde antes fora a baia dos cavalos. Emaranhado com o
que se replantava, contorcendo-se, amontoando-se, multiplicando-se com o
produto dos frutos apodrecidos, grandes, em todas as tonalidades entre o
amarelo canário e o dourado, passando pelo encarnado e matizes de marrons, rugosos e lisos, sempre
de sabor ácido e polpa abundante, quando maduros. Assenhoreou-se da circunvizinhança e os tantos
frutos produzidos, impossíveis de se consumir, dada a copiosidade com que se multiplicavam, abandonavam-se esparramados, amontoados, prestavam-se
a folguedos de adultos e crianças.
O tempo passou.
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Uma casa de praia com um grande terreno. Outro município: Itanhaém,
também no Estado de São Paulo.
Agora dois ramos do mesmo fruto: um da espécie doce, grande, liso e ovalado, para florir arroxeando intensamente o verde que lhe servirá de moldura e outro da mesma qualidade do anteriormente plantado.
O vizinho, cuidador de jardins, observa:
- O que vai fazer com isso?
- Plantar.
- Não dá certo. Só de semente.
As antigas palavras ressurgem em eco de memória: “A terra é minha, a muda
é minha, ...”
Não responde. Depois de um mês apresenta ao “entendido” uma das plantas,
que crescera mais de um palmo. Outro tanto e foi preciso amparar a muda
afoita em um cabo de vassoura, de pronto tomado.
A outra mudinha também vai bem, obrigada.
Os pés de maracujá são trepadeiras vigorosas dotadas de gavinhas, de crescimento contínuo, que podem ser trabalhadas em arcos,
para pergolados, pois tornam-se imensos, produzindo, além dos frutos
característicos e das deslumbrantes flores, sombra em abundância.

Após quatro ou cinco meses começa a produzir as primeiras flores, se plantado a partir da semente: jóias
exóticas, exuberantes e de extraordinária beleza, são conhecidas como Paixão de
Cristo ou Flor da Paixão. A simbologia fundamenta-se nos três estigmas, que corresponderiam
aos três cravos que prenderam Cristo na cruz; as cinco anteras, às cinco
chagas; as gavinhas, aos açoites e finalmente o seu formato, que lembraria a
coroa de espinhos. A cor roxa é também associado aos rituais cristãos
praticados durante a Semana Santa.
O
termo maracujá tem origem no tupi: “mara kuya”, significando "alimento
dentro da cuia" ou alimento na cuia. Uma última curiosidade: a flor do maracujá somente é
polinizada pelo inseto conhecido como mamangaba.
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Maria da Gloria Perez Delgado Sanches
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